Relatório pós Drupa 2024
Messe Düsseldorf / ctillmann |
Após pausa de oito anos, feira DRUPA volta a ser realizada e reúne mais de 1.600 expositores
Maior evento da indústria gráfica mundial aconteceu na Alemanha, entre o final de maio e início de junho, e contou com 927 empresas brasileiras entre expositores e visitantes. No total, 2.001 participantes do Brasil se inspiraram com novas ideias e perspectivas para o futuro do setor de impressão e embalagem
De 28 de maio a 7 de junho, a cidade de Düsseldorf, na Alemanha, foi palco da DRUPA 2024, a maior feira da indústria gráfica mundial. O evento, que ocorre a cada quatro anos, não acontecia desde 2016 - a edição de 2020 foi impedida pela pandemia de Covid-19. Trata-se de uma oportunidade única para explorar as últimas tendências e inovações no setor, além de facilitar um intercâmbio de conhecimento de alto nível, debates e networking com especialistas globais.
Com uma extensão de 140 mil metros quadrados, distribuídos por 18 pavilhões, e uma participação de 1.643 expositores de 52 países, a DRUPA recebeu 2.001 visitantes brasileiros, incluindo representantes de 927 marcas. Em comparação à última edição, foram 653 empresas e 1.475 visitantes do Brasil, o que demonstra não apenas o interesse, mas também o crescimento da indústria gráfica nacional.
“Estamos muito felizes com o retorno da DRUPA após um intervalo de oito anos. Este é um momento significativo para a indústria gráfica, marcando não apenas o retorno de um evento emblemático, mas também a participação de destaque do Brasil. Tenho certeza de que a DRUPA voltou à sua posição de evento líder do setor, após um período de pausa, impressionando e trazendo novidades para todos que estiveram presentes”, comemora a CEO da Emme Brasil - representante da Messe Düsseldorf, organizadora do evento -, Malu Sevieri.
Segundo ela, a DRUPA não é apenas uma feira; é uma verdadeira jornada de transformação, onde profissionais e empresas do setor se reúnem para apresentar seus avanços tecnológicos, descobrir novos materiais, métodos e equipamentos, desde a impressão convencional até a mais avançada impressão 3D.
Nesta edição, o foco esteve na automação de processos tradicionais, na impressão digital - com ênfase na tecnologia de jato de tinta - e nas embalagens de papelão, tudo alinhado aos princípios da Indústria 4.0. O tema central, "impressão sustentável", reflete o compromisso do evento com a responsabilidade ambiental e a busca por soluções ecoconscientes.
A Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF) esteve na DRUPA e mencionou que destacaram-se soluções voltadas à transformação digital, especialmente nos processos de impressão e pós-impressão. Foi perceptível a utilização das tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0 e, em algumas soluções, a tendência emergente da Indústria 5.0.
“Na Indústria 5.0, o objetivo é combinar a eficiência e a precisão das tecnologias já adotadas na 4.0 com a criatividade, a inteligência emocional e as capacidades de resolução de problemas dos seres humanos. Isso resulta em ambientes de trabalho onde humanos e robôs trabalham lado a lado de maneira harmoniosa, criando produtos e serviços mais personalizados e inovadores. Além disso, a Indústria 5.0 enfatiza práticas sustentáveis e éticas, abordando questões como o impacto ambiental e a responsabilidade social corporativa”, disse a entidade em artigo assinado por Enéias Nunes da Silva, Andrea Ponce e Elcio de Sousa.
“A DRUPA sustentou a sua posição como a feira comercial líder da indústria e o seu apelo único de uma forma notável. A abrangência internacional e, acima de tudo, a elevada competência de tomada de decisão dos visitantes garantiram discussões técnicas aprofundadas e bem fundamentadas nos estandes da feira, por um lado, e muitas decisões de investimento direto, por outro. Nossos expositores nos contaram sobre acordos de compra de grandes volumes”, fala o diretor-geral da Messe Düsseldorf, Erhard Wienkamp.
Comentários
Postar um comentário