11º dia na Drupa 2024: Impressão digital em nanografia, tecnologia e evolução!

A nanografia, desenvolvida pela Landa Digital Printing, é uma tecnologia de impressão digital que utiliza nanopartículas de pigmento (equivalente a 0,0000001 cm em tinta à base d’água, suspensas em um líquido de transporte (verniz). O processo de impressão digital da Landa é indireto e envolve várias etapas. Primeiro, o arquivo digital é preparado e enviado para a impressora. Em seguida, a imagem é gerada utilizando jatos de tinta à base d'água, que contêm nanopartículas de pigmento. Em vez de imprimir diretamente no suporte final, a tinta é inicialmente transferida para uma superfície de borracha, onde todas as cores são aplicadas simultaneamente. Após essa transferência, a tinta passa por um processo de secagem a quente, que elimina a água e deixa apenas o verniz com as nanopartículas de pigmento. Finalmente, a imagem seca é transferida para o suporte final, como papel ou plástico, por meio de uma leve pressão, garantindo uma aplicação uniforme e precisa da tinta. O sistema de alimentação do equipamento pode utilizar folhas ou bobinas, sendo adequado inclusive para a impressão de embalagens flexíveis. O resultado, apresentado na DRUPA 2024, consiste em produtos impressos com cores intensas, alta resolução e qualidade, prontos para uso imediato. Essa tecnologia se destaca como um processo inovador que combina eficiência e sustentabilidade, utilizando menos tinta e energia, além de minimizar o impacto ambiental.

Fotos tiradas durante a DRUPA 2024 no estande da Landa.

Fotos tiradas durante a DRUPA 2024 no estande da Landa.

Histórico e Evolução da Nanografia 

"A ideia surgiu já na década de 1970 de criar uma tinta de fotocópia em vez de pó, o que permitiria à máquina operar a uma velocidade mais elevada. Depois de vários anos, conseguimos um avanço com uma tinta que poderia copiar páginas a uma velocidade de 100 -150 folhas por minuto, 10 vezes a velocidade de outras copiadoras no mercado naquela época". Landa                                                                          

Drupa 2012: O Lançamento da Nanografia 

Na Drupa 2012, a Landa Digital Printing quebrou o paradigma dos processos de impressão digital ao apresentar uma visão diferente do tradicional para a indústria de impressão, lançando a tecnologia Nanographic Printing®. Esta inovação utilizava nanopartículas de pigmento que eram depositadas em uma fina camada sobre o suporte, oferecendo uma nova abordagem para a impressão. A promessa inicial da nanografia era combinar a flexibilidade da impressão digital com a qualidade e a economia de escala da impressão offset, o que poderia transformar a maneira como materiais impressos eram produzidos. Além de sua qualidade, a tecnologia destacava sua eficiência ambiental. Segundo o fornecedor Landa, o processo utilizava menos tinta e produzia menos resíduos em comparação com os métodos tradicionais, alinhando-se às crescentes demandas da época por soluções mais sustentáveis na indústria. A velocidade de impressão também foi um aspecto inovador. A tecnologia prometia velocidades superiores às das impressoras digitais existentes na época, permitindo maiores volumes de produção com qualidade de impressão. A Drupa 2012 representou um marco para a Landa Digital Printing, posicionando a empresa como uma potencial referência no mercado gráfico. Em vista disso, a introdução da tecnologia da Landa não só marcou um avanço tecnológico, mas também refletiu uma resposta estratégica às demandas emergentes por inovação, sustentabilidade e eficiência na indústria de impressão.

Drupa 2016: Avanços e Primeiras Implementações 

Na DRUPA 2016, avanços significativos foram apresentados na tecnologia nanográfica, com melhorias na velocidade de impressão e na qualidade de imagem. Durante esse evento, os primeiros sistemas de impressão nanográfica começaram a ser implementados em ambientes de produção, representando um passo importante rumo à adoção mais ampla dessa tecnologia. Houve também um foco em resolver questões relacionadas à durabilidade e consistência das impressões, o que estabeleceu bases sólidas para o seu desenvolvimento e aceitação no mercado.

Drupa 2020 (adiada para 2021): Expansão e Diversificação 

A DRUPA 2020, foi adiada para 2021 e realizada de forma virtual devido à pandemia global. Durante o evento na época, a Landa destacou avanços significativos na tecnologia nanográfica, apresentando novos modelos de impressoras que ampliaram consideravelmente a variedade de substratos suportados. Estes incluem papéis revestidos, não revestidos e plásticos demonstrando um passo importante na versatilidade e aplicação da tecnologia. Além das melhorias nos modelos de impressoras, a Landa focou na integração aprimorada com sistemas de workflow e gerenciamento de cores. Essas melhorias foram projetadas para facilitar a adoção da tecnologia em segmentos diversos, como embalagens e impressão comercial de alta qualidade.  A tecnologia nanográfica da Landa continuava a atrair atenção no mercado global devido às suas promessas de maior eficiência energética, redução de custos operacionais e menor impacto ambiental em comparação com métodos de impressão tradicionais

Drupa 2024: Consolidação e Inovações Recentes 

Na drupa 2024  a Landa reforçou sua posição no mercado com impressoras nanográficas. As inovações recentes incluem maior eficiência energética, redução de desperdício de tinta e melhorias na velocidade de secagem das impressões. A integração com inteligência artificial (IA) e a Internet Industrial das Coisas (IIoT) permite uma otimização mais inteligente dos processos de impressão, resultando em maior produtividade e menor tempo de inatividade. Neste sentido, a tecnologia está sendo cada vez mais adotada por empresas gráficas, aproveitando as vantagens da integração com as tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0. Essas integrações permitem uma otimização mais inteligente dos processos de impressão, onde sistemas IA analisam dados em tempo real para ajustar parâmetros de impressão e a AR (realidade aumentada) oferece suporte visual para manutenção e diagnóstico de problemas em tempo real. Essas melhorias não apenas aumentam a eficiência operacional e a produtividade, mas também contribuem significativamente para uma transformação digital abrangente no setor de impressão, alinhando-se às tendências globais de automação e otimização de processos industriais.

Fotos tiradas durante a DRUPA 2024 no estande da Landa.

Questão relacionadas a sustentabilidade:

A DRUPA 2024 destacou-se por seu foco no tema da sustentabilidade, apresentando avanços significativos. Neste contexto a inovação, demonstrada na feira pela Landa, promete reduz até 90% dos resíduos totais, alinhando-se às tendências globais de sustentabilidade, descarbonização e economia circular. Utilizando tintas à base de água, mais amigáveis ao meio ambiente, a Nanografia não só promete diminuir o desperdício de papel e consumíveis, mas também oferece qualidade de impressão e tecnologia avançada. Esses atributos sustentáveis fazem da nanografia uma escolha para empresas comprometidas com a excelência operacional e práticas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), exemplificando um compromisso eficaz com a economia circular e a preservação ambiental, conforme destacado nas apresentações durante a feira no estande da Landa. 

Foto: Messe Düsseldorf / ctillmann

Finalmente, a impressão nanográfica tem avançado consideravelmente desde sua estreia na DRUPA 2012, evoluindo de uma tecnologia promissora para uma solução que almeja estabelecer-se globalmente no mercado de impressão digital.Com sua qualidade de imagem, eficiência no uso de tinta e capacidade de imprimir em uma variedade de substratos, a nanografia continua a estabelecer novos padrões na indústria gráfica. No entanto, enfrenta desafios significativos, como altos custos iniciais de implementação e a necessidade de conhecimento técnico especializado para operação e manutenção dos sistemas. Além disso, embora seja versátil, a nanografia ainda encontra dificuldades em lidar com materiais extremamente porosos ou texturizados. A adaptação ao mercado também é um processo complexo, exigindo tempo e recursos para que fornecedores e usuários finais se ajustem às novas práticas e padrões de qualidade que a tecnologia demanda. À medida que avança, espera-se que a nanografia continue a evoluir, oferecendo soluções inovadoras que atendam às demandas de um mercado em constante mudança.

Por Andrea Ponce, Enéias Nunes da Silva e Elcio de Sousa.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Seminário de Pós Impressão no Senai Gráfica

Embalagem que se aquece sozinha

4º dia na Drupa 2024: Esta DRUPA está focada na automação ou AUTONOMAÇÃO?