Quais as tendências para a Drupa 2012?

Estamos muito próximos da data do principal evento da indústria gráfica mundial. Não importa se os tempos são de crise ou de bonança. A Drupa continua concentrando atenções, suscitando discussões, apontando tendências. Isso não significa que a feira esteja imune aos humores da economia. Os reflexos dos problemas vividos pela Europa estarão bem presentes, explicitados através do posiciona mento dos fabricantes de equipamentos, sistemas e insumos e do comportamento do próprio visitante. E até isso pode favorecer a Drupa. Explico.

Para Lauri Müller, diretor da MDK, representante da Messe Düsseldorf no Brasil, a curiosidade com relação ao cenário da região pode encorpar o grupo de brasileiros na Drupa 2012. E a expectativa não é só nossa. Como já estamos ficando cansados de ouvir, o Brasil é a bola da vez e, com o câmbio favorável e com a perspectiva de bons anos pela frente, espera-se que mais de cinco mil brasileiros visitem a feira neste ano. Mesmo assim ainda estaremos atrás da China e da Índia, que devem levar, cada uma, dez mil pessoas para Düsseldorf. 

Voltando o olhar para a tecnologia, a impressão digital, e mais especificamente a tecnologia jato de tinta, estará novamente em evidência, ocupando 40% da área da mostra. Segundo o guru Frank Romano, 2012 será o ano da Drupa do jato de tinta turbinado e do acabamento em linha. 

Outros especialistas ouvidos por Barney Cox enfatizam a integração como o ponto alto da próxima mostra. Um tema que acredito que será retomado é a equação meio ambiente + eficiência. Veremos fornecedores importantes alardeando seus avanços em prol da redução de custos, produção mais enxuta e aumento da produtividade. Eles também procurarão ganhar a atenção dos visitantes com ferramentas que possam garantir o espaço da mídia impressa no mundo crossmedia, provando que ela é capaz tanto de competir quanto de se unir a outros meios. 

Como eu disse no início, os danos causados pela situação enfrentada pela Europa estarão lá, e os rearranjos do mercado serão igualmente discutidos. Como ficam gigantes como a Manroland e a Kodak? Outras empresas ocuparão seus espaços ou não existe mais espaço a ser ocupado dentro do modelo que elas praticavam? Enfim, não há como ficar alheio à Drupa.

Manoel Manteigas
Fonte: Revista de Tecnologia Gráfica nº 80





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